GABINETE

COMPLOT - TORRES VEDRAS

É uma forma coletiva de participar e recriar (n)o espaço público - que é o suporte da democracia e da liberdade - e simultanemanete celebrar o dia 25 de Abril.

É uma forma de organizar uma atividade cívica e artistica, independente das instituições oficiais (no logos), aberta à participação da diversidade cultural  e do pluralismo de ideias.

A arte é em si mesma constitutivamente política, as nossas ações e gostos também, pelo que o complot é um gesto político assumido, no sentido em que "política" é tudo aquilo que fazemos no âmbito da vida colectiva, social, económica, cultural,...







A cidade é um espaço de construção social, política e cultural, espaço de discussão e pensamento livres, espaço de partilha e de conflito de ideias, de relações entre pessoas, e por excelência o lugar do “ser-com”. A cidade é a geografia mais adequada à escala humana, e, tal como acontece em todas em todas as outras instituições e criações humanas, é sempre possível re-instituir de novo, com práticas e políticas instituintes. É a tarefa de um “agenciamento colectivo”, no sentido em que exige técnicas e saberes que permitam cuidar e cultivar novas possibilidades de vida plurais.

« A arte não é uma actividade humana de ordem estética, que pode, eventualmente e em determinadas circunstâncias, adquirir também um significado político. A arte é em si própria constitutivamente política, por ser uma operação que torna inoperativo e que contempla os sentidos e os gestos habituais dos homens e que, desta forma, os abre a um novo possível uso. Por isso, a arte aproxima‑se da política e da filosofia até quase confundir‑se com elas. Aquilo que a poesia cumpre em relação ao poder de dizer e a arte em relação aos sentidos, a política e a filosofia têm de cumprir em relação ao poder de agir. Tornando inoperativas as operações biológicas, económicas e sociais, elas mostram o que pode o corpo humano, abrem‑no a um novo, possível uso. »   GIORGIO AGAMBEN 
« O complot é a reassunção da soberania secreta, invisível e dissimulada, que se expressa apenas pelos seus efeitos, na insegurança da sua presença real. (...) o complot desenvolve-se na busca dos seus próximos, dos aliados secretos, habitantes do espaço livre dos humanos (...) A arte é a forma mais geral desse complot. Quando algum acto consegue ligar arte e política, encontramos uma forma de partilha e de divisão, em torno de cuja linha podemos esperar que se encontrem os nossos próximos, os nossos irmãos.»  
JOSÉ A. BRAGANÇA DE MIRANDA

Irrupção
Interrupção
Intervalo